sexta-feira, 24 de abril de 2015

Conclusões


Mergulhada por duas longas semanas em um sentimento só meu, cheguei à algumas conclusões. Boa noite.

Não irei compartilhar o sentimento, tampouco seu motivo pois não cabe a mais ninguém senão a mim - e aos que julguei necessários durante minha estadia junto ao mesmo. Portanto, sigo diretamente para as conclusões, resultado de muitas horas presa em meus devaneios.

Primeiro, eu fugi. Ou tentei algo parecido. Foi uma fuga meio literal, pois, não pôde ser inteira uma vez que não pude fugir de mim. Enfim...

A primeira conclusão é que, não importa o quão zangad@ você esteja com a vida, com o destino, com D'us, com o oxigênio, com qualquer coisa... você não deve se fechar e sofrer em silêncio. E quando eu digo isso, não significa panfletar seu sentimento... basta deixá-lo sair... e recomendo uma boa conversa com D'us (funcionou pra mim).

Segunda conclusão: não tente equiparar dores. Dores são peculiares. Cada um sabe sua dor. Cada um sabe o seu 10 na Escala Visual Analógica de Dor. É a sua dor e você sabe o quanto ela dói. E, entendendo que a dor é peculiar, você pode tentar praticar a empatia ao invés de disputar quem tem a maior dor. Ouça a dor alheia e, talvez, você descubra que, embora os motivos sejam diferentes (e não julgáveis), as dores podem ser parecidas e você pode ter encontrado uma companhia para superar uma dor tão intensa quanto a sua.


Terceira conclusão: a vida vai te deixar zangad@ e triste. Vai puxar seu tapete, Ah... ela vai... Entretanto, como eu já disse outras vezes, nada acontece por acaso e, por pior que você fique, em algum momento aquilo vai fazer sentido pra você e então você ficará bem e maior. Diante disso, digo o mesmo que o Paul McCartney "se esse mundo mutável no qual vivemos faz você se render e chorar, diga: viva e deixe morrer". O cara sabia das coisas... E a bíblia já nos diz "o choro pode durar a noite, mas de manhã irrompe a alegria" (Salmos 30:5). O choro não dura necessariamente uma noite, o fato é que a 'manhã' uma hora chega com a alegria.

Quarta conclusão: a gente não sabe mesmo de nada. Sério, não sabemos. Ficamos horas fazendo planos e planos quando o controle não está nas nossas mãos. Tiago 4:14 já dizia "vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um tempo e depois se dissipa". Só que assimilar que nós não controlamos a situação é complicado demais e ficamos batendo a cara na parede, tropeçando no escuro, se jogando de abismos e por aí vai... 

Quinta conclusão: não se sinta mal por estar mal. Essa semana eu li um texto muito bom que dizia que o mau estar era um sinal de excelente saúde mental. Não se conformar não é ruim. É humano e, pasmem, somos humanos. Estar triste, estar em depressão, não é falta de D'us ou algo do gênero... muitas vezes é seu corpo lutando para estar vivo. Nós precisamos das válvulas de escape do nosso organismo. Quer chorar por uma semana seguida? Chore. Chore tudo o que precisar chorar... mas não desista... e, engatando na última conclusão...

Sexta e última conclusão: não desista. Não desista. Fique mal, curta sua fossa mas não desista de ficar bem. Ficar bem não te faz menos humano, calma... Fique bem e não fique frio. As vezes as dores são tão intensas que, quando conseguimos nos livrar delas, passamos a andar com uma armadura para afastar qualquer aproximação de qualquer gênero. Não faça isso consigo mesmo. 

Bom, acho que é só. Viva o momento, deixe-o ir e viva outros. É minha dica para a vida.
Que D'us nos abençoe ;)


Obrigada e Have Fun!