segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Mais uma vez


Está intrínseco à nós o desejo de escolher o mais fácil; o caminho mais curto; qualquer atalho; o que não requer um afastamento muito grande da nossa zona de conforto.

O que não se vê é que, escolhendo o mais fácil, o superficial vem atrelado e, quando você deposita tudo no superficial não permite que se desenvolva em si mesmo uma camada protetora. Não adquire imunidade para enfrentar as decepções.

Se apoiar no superficial é se esquecer de que, qualquer vento, seja uma brisa ou um tufão, pode derrubar tudo o que você construiu - ou tentou.

Em relação às decepções: você vai se decepcionar. Mais de uma vez. E, a melhor forma de aprender a lidar com as decepções é... se decepcionando.

Quando você deixa de escolher o mais fácil e se força a sair da zona de conforto, consequentemente fica mais vulnerável e aberto às decepções, porém, como já diria no filme, maravilhoso, 'O Fabuloso Destino de Amelie Poulain': "os teus ossos não são feitos de vidro. Podes levar algumas pancadas da vida. Se deixares escapar esta oportunidade, eventualmente o teu coração vai ficar seco e quebradiço..." 

Há uma semana, eu estava mergulhada em uma mistura de sentimentos, dentre eles, o medo do novo, de arriscar-me, de conhecer o que ainda está oculto. Sentei-me na escadaria do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no meio do centro da cidade, e comecei a observar as pessoas... E então, me veio à mente, essa mesma imagem, há exatos 4 anos atrás, quando eu era uma menina de 18 anos, vinda do interior, entrando na faculdade e passando por mais uma das tantas transformações da vida.

Há exatos 4 anos, eu, sentada na escadaria do Theatro Municipal, observando as pessoas, mergulhava-me nos mesmos sentimento de medo e ansiedade. Era novo. Tudo se faz novo, embora nada seja novidade. Eclesiastes 1:9 diz: "o que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada de novo debaixo do sol".

Eu me desafio a pular, gritar, me arriscar e fugir da minha zona de conforto, porque eu sei que eu consigo superar... eu consigo suportar... e eu consigo tentar. E eu posso cair, me decepcionar e não querer mais me levantar, entretanto, o que me motiva, não sou eu, mas Ele, que vive em mim.

Este não é um texto de autoajuda, é só um texto. Com ou sem significado. Sou apenas eu, esvaziando-me de mim através das palavras...


[Tudo tem um propósito, ou seja, vale a pena]


Obrigada e Have Fun!