terça-feira, 29 de dezembro de 2015

2015 coisa linda


Eu não podia deixar de fazer a última postagem do ano, especialmente se tratando de 2015 que, para mim, diferente do que muita gente disse/diz, foi um ano maravilhoso e, por isso, quero dividi-lo com vocês:

Iniciei esse ano em uma das cidades que eu mais gostei de conhecer: Brasília! Eu fui na posse da Dilma (não me importo em ser criticada, já me acostumei... inclusive, 2015 que me ensinou a me acostumar com isso), vi a presidenta bem de pertinho, fiz amigxs novos (ainda em Brasília) e quando voltei para o Rio de Janeiro: me apaixonei.

Me apaixonei, namorei, terminei, sofri. Doeu. Doeu muito, mas, superei. E isso é tudo o que eu tenho para dizer (já pula uma boa parte de 2015). Enfim, enquanto eu me apaixonava por um homem, me apaixonava, também, pelo nordeste do Brasil! Ainda em janeiro, conheci a linda João Pessoa - PB!

Em João Pessoa - PB, conheci mais pessoas lindas e maravilhosas. Conheci a ENEFi (Executiva Nacional de Estudantes de Fisioterapia) e entrei pra gestão da mesma. Fui passear no recesso, no ENAFISIO (Encontro Nacional de Acadêmicos de Fisioterapia) e voltei engajada no Movimento Estudantil.

Entrei para a militância. Conheci o Coletivo Articulação Popular, gostei deles, me aproximei, participei e encontrei pessoas queridas. Me apaixonei pela militância, em especial pelo movimento estudantil.

Reecontrei amigos, fiz novos, me identifiquei com eles - mesmo com tantas diferenças. Aprendi mais sobre o amor e seus milagres. Me vi acompanhada e estou feliz.

Encontrei uma igreja que me fez ficar, Vineyard Central. Lá, encontrei uma família. Me batizei. Me senti "parte".

Conheci Santa Maria - RS! Morri de frio, no entanto, foram os momentos gelados mais quentinhos e aconchegantes que poderiam existir. Encontrei mais pessoas lindas!

Perdi o medo de falar em público pra bastante gente, conheci movimentos, pessoas, participei de fóruns, de oficinas, não somente como ouvinte mas como dirigente! Conheci o Brasil todo dentro de um Hotel em São Paulo! (Mais pessoas lindas!)

Me encontrei!

Consegui, junto com os melhores, fazer um evento nacional na minha faculdade! Foi lindo, formador, construtivo e cheio de gente e coisas lindas! Junto com isso, aprendi que nem tudo o que parece ser, realmente é.

Me vi sem várias amarras.

Em algum desses momentos, me vi feminista. Me vi em mais uma luta e estou feliz!

Percebi que eu gosto mesmo é de acumular funções e responsabilidades! E, embora eu tente me controlar, eu sempre acabo dizendo "sim". Fazer o que..?! Hehe

Recebi notícias ruins, fiquei triste, brava... contudo, percebi que não estou sozinha (o Senhor nunca me deixa sozinha, né?)

Me mudei pra Tijuca! Comi pizza na ceia de Natal e não sei bem como vai ser o ano novo, só que isso não me incomoda... Esse ano foi louco!

Foi loucamente necessário! Ao mesmo tempo que durou 10 anos, passou voando! Foi um dos melhores anos da minha vida. Se 2016 vai ser melhor? Quem sabe... Sei mesmo é que o saldo de 2015 foi bem positivo e, apesar dos pesares, meu coração está feliz! Tenho quem e o que preciso por perto - e isso é o que realmente me importa.

Eu fui uma apaixonada esse ano, por muito, e me sinto um tanto bem maior.

Obrigada à todxs que fizeram meu ano.

Que a sua passagem de ano seja maravilhosa e que 2016 seja mais um ano de crescimento!
Muito amor pra todxs!



Obrigada e Have Fun!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Gostosa? Não, obrigada!


Quando foi que eu me tornei "gostosa"? Aliás, quando foi que nasceu essa mania de classificar as mulheres? Eu, curiosa, fui procurar o significado de "gostosa" e o que achei? "Mulher com um corpo delicioso". Oi?

"Chocolate é gostoso, torta de limão é gostosa...", uma brisa fresca no verão é gostosa... Muitas coisas se encaixam nessa classificação, em geral, coisas, isso: COISAS. Pessoas, não. Mulheres, NÃO.

Receber o título de "gostosa" traz certo orgulho, não é mesmo? Afinal, essa é uma 'categoria meta' pré-estabelecida pela nossa sociedade machista e capitalista, que "coisifica" tudo, em especial, nós: mulheres.

"Vem, verão...", e vem a mulher, "gostosa", servir os homens. Pois eu digo: Vai, verão! Vai mostrar pra esses caras que nenhuma mulher é passível de ser classificada, vendida, exibida, ou vítima de qualquer outro tipo de opressão.

Você, flor, pode não saber, mas o cara que te chama de gostosa é o cara que espera que você - e todas as mulheres - não o decepcionem, não fujam do que ele - e os outros homens - pré-estabeleceram. "Não estrague o script".

Minha grande amiga e militante, Ju Pinto, diz: "Objetificar uma mulher é desconsiderar toda sua história, sua trajetória de vida, ancestralidade, capacidade intelectual, autonomia, etc. Pensar numa mulher como algo feito para o consumo masculino, permite existirem classificações como 'gostosa, boa, ruim, feia, baleia e tantas outras'.

O machismo nasce com os homens, contudo, ele é como um vírus que se espalha até mesmo por mulheres. Mulheres, não sejamos machistas. O machismo acredita piamente que a mulher nada mais é do que um 'step'. Nós não precisamos que nos digam o que fazer, como fazer e porque fazer.

Nós não precisamos que nos classifiquem. Classificações não são elogios.

#NãoMeChameDeGostosa

Obrigada e Have Fun!