sábado, 12 de abril de 2014

SU-FO-CA-DA


SU-FO-CA-DA.
Para onde foi o ar? 
E o coração, acelerado... sentia que ia explodir. A pressão no esterno quase a fazia desfalecer, e sua cabeça parecia estar em um ambiente sem oxigênio.
Uma sensação de pré-choro, aonde as lágrimas, tão necessitadas, não vinham.
Se sentia meio viva e meio morta. Não entendia porque parte sua estava morta.
"O que aconteceu? Quando foi que isso surgiu?"
Devesse, talvez, procurar um médico? Ou suas palavras a curariam - mais uma vez?
Que sentimento peculiarmente ruim. Era novo para tal situação, característico de seus piores pesadelos, o que fazia ali? Errara o caminho ou estava ela em um pesadelo - enquanto ainda acordada?
Para onde foi o que deveria estar ali?
E a mente, confusa... a mesma mente que lhe pregara peças desde o primeiro dia do ano. "Talvez seja um surto. Devo ser mesmo é louca."
A parte viva lutando para resgatar a que a vida insistiu em deixar. Não entendendo tamanha dificuldade... No entanto, não desistia. Precisava vencer para descobrir o mistério.
Para onde foi toda certeza?
"O coração do homem faz planos... mas a resposta vem do Senhor", lembrou (provérbios 16:9).
A parte viva se mantinha forte, não se deixou desabar. Por outro lado, a morta, era como se tivesse caído em um lago profundo - afundando e se perdendo na escuridão das águas.
VI-DA! Gritou a parte viva numa langorosa tentativa de ressuscitar a parte falecida. Esta, dessa vez, pareceu sentir a morte se esvair... já era um começo, contudo, precisava de mais.
A pressão do esterno se foi, a cabeça melhorou, o coração acalmou, as lágrimas já nem eram mais precisas. As certezas...? Nada a declarar.
O surto foi um alarme falso e as palavras a curaram. Louca, seria?
NÃ-O MA-IS SU-FO-CA-DA. Sentiu o ar entrando e saindo?



Obrigada e Have Fun!

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