sexta-feira, 13 de abril de 2012

É a vida desse meu lugar, é a vida!


E aí povos e povaaaaas! Haha Que calor é esse no outono, pessoal!? Pessoal do RJ, né... :/ Esse calor tá demais e eu DETESTO calor. Ai, é horrível você andar na rua e ficar suando, pegar ônibus lotado no abafado absurdo; peço pra sair! Cruzes!
Enfim, o fato de eu odiar o calor tem me deixado extremamente irritada. Evidente que esse não é o único motivo, mas é o que me faz ficar de mau humor enquanto vou pro ponto de ônibus. Onde já se viu um calor do inferno as 7h da manhã?????? WHYYYYYYYYY??? No comprendo! Mas, voltando ao assunto principal (minha irritação), quando eu fico irritada passo a reparar em tudo e em todos, fico mais sensível pra esse tipo de coisa, acho que é normal... (ou não), e, essa semana quando eu estava voltando do INTO (Instituto de Traumatologia e Ortopedia) - o que eu fui fazer lá? Fui me inscrever pra ser voluntária!! Ihules! -, o ônibus em que eu estava passou por uma comunidade (favela, pra quem não sabe) e dois rapazes SUPER estranhos entraram sem pagar (acontece bastante aqui, dependendo do lugar onde você passa de ônibus), daí um deles foi pro fundo do ônibus e o outro ficou sentado na escada, bem na frente do banco aonde eu estava.
Assaltaram o ônibus?? Não, não assaltaram o ônibus, eles desceram depois e não aconteceu nada, mas, o ponto no qual eu quero chegar é que, eu, assim como as pessoas que estavam no ônibus, julgamos eles dois e não sabíamos sequer se eram bandidos ou não. Eu sei que é normal você se sentir inseguro com pessoas mal vestidas e sujas, mas dentro daquele ônibus eu fiquei observando o rapaz que estava sentado na minha frente. Ele estava sujo, mal vestido, fedido e sentado na escada. Ele nem entrou direito no ônibus, ele chegou e sentou na escada, como se já soubesse o lugar dele, soubesse que ele é a parte esquecida da sociedade e que não tem direito nenhum - ok, ele não pagou passagem, mas, vocês entenderam o que eu quis dizer, né...
Depois de ter observado esse rapaz, eu passei a observar outras pessoas em todos os lugares. Todo mundo tem uma história e todo mundo tem um motivo pra estar naquele lugar, naquele ônibus indo pra Bangu e, se você olhar bem pra cada pessoa, vai ver olhares de tristeza, de cansaço, de vazio, de felicidade, de raiva, de medo e, pelo menos em mim, dá vontade de saber e entender porque aquelas pessoas estão com esses olhares. Por que será que a mãe no ônibus com seus dois filhos, estava sozinha com seus dois filhos (e um deles passando mal) e não com seu marido ou sei lá, com alguém?
Essas pessoas são boas e ruins, afinal, todo mundo tem os dois lados. No entanto, na maioria das vezes nós só conseguimos enxergar o lado ruim. Por que será que aquele rapaz do ônibus estava naquelas condições? Por que a sociedade insiste em marginalizar e criar um muro ao redor de cada pessoa, de cada comunidade? Todos somos iguais, o sangue que corre nas veias de cada um é vermelho.
Reparando nisso, resolvi fazer uma série de postagens comentando sobre a vida e os presentes nela. Eu não sei ainda quando vou publicar a primeira postagem, mas prometo tentar não demorar muito, até lá, comece a reparar nas pessoas que estão à sua volta e, veja mesmo se os seus problemas são tão grandes e merecem tanto desespero.
Ah, esqueci de dizer que, reparando nas pessoas a minha volta eu parei pra perceber que os meus motivos de irritação talvez não sejam o suficiente pra eu não curtir a vida e sorrir pra ela, mesmo que ela esteja difícil, porque, com calor ou não, D'us está com a gente! (Mas eu continuo detestando o calor!) rs. :)


Obrigada e Have Fun!

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