quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Meu sofrer e meu crescer...

Olá, pessoal!! Já faz um bom tempo que eu não dou as caras por aqui... eu até pensei em atualizar o blog há duas semanas atrás, inclusive, para contar o que aconteceu na semana retrasada, rs. Bom, pra quem ainda não sabe, minha Cindynha morreu... É, ela já estava velhinha, com 11 anos, e já não tinha a mesma disposição - se bem que, se tratando de Cindy, a disposição dela era sempre inconstante, afinal, minha pretinha era sedentária... hahahahaha. Enfim, ela ficou doente e em 3 dias não nos restaram outras opções a não ser a eutanásia, eu não gosto nem de ficar falando disso, porque eu fiquei lá com ela, até ela dar os últimos espasmos. Doeu e ainda dói.
A Cindy sempre foi a melhor amiga - não humana - que eu já tive. Desde os meus 8 anos, que foi quando eu a ganhei, ela foi a minha fiel companheira e, estava sendo mais do que nunca desde que minha vida começou a passar por algumas mudanças, como entrar na faculdade e ficar sozinha em casa. Aliás, quem leu minha série de postagens "Home Alone" vai poder confirmar isso.
Quando eu ganhei a Cindy, eu sabia que ela não viveria para sempre, porque meus pais me diziam isso - o que é muito importante, não para traumatizar a criança, mas para que ela possa ir se preparando ao longo da vida. Mas sabe como é, você sabe que a morte existe, no entanto, encara como se ela fosse algo muito distante enquanto que, na verdade, ela pode aparecer a qualquer momento, e, parecia que a Cindynha ia viver pra sempre - até eu morrer, rs - e que ela iria morrer no mesmo instante que eu! Tá, um tanto ilusório, hahahaha, mas apesar de saber que um dia ela morreria, algo dentro de mim acreditava nisso ou queria acreditar (nunca mais vou conseguir assistir Marley&Eu, não que eu tenha conseguido assistir inteiro, pra falar a verdade, eu fui obrigada a assistir no ônibus e no fim do filme eu só conseguia olhar pela janela pra não chorar, hahahahahaha).
O Chrome acabou de fechar sozinho, minha linha de raciocínio foi lá na China e está voltando.
Eu queria ter escrito no blog na época do ocorrido, mas eu (sem dramas) não conseguia pensar/falar nisso sem chorar, contudo, teria sido maravilhoso compartilhar com vocês o meu misto de emoções, foi tanta coisa junta na minha cabeça, tantos pensamentos que mereciam ser compartilhados (ah, isso sempre acontece comigo, principalmente quando eu estou longe do blog, de papel e caneta!), enfim, no momento em que eu perdi a minha amiguinha para sempre, eu me senti muito mal, eu acho que nem sei explicar (pensei que eu fosse sofrer mais, haha, minhas ideias de criança), porém, em meio a esse sofrimento eu senti como se tivesse alguém me amparando, sabe, ali do meu lado, me abraçando constantemente enquanto eu chorava; como se alguém estivesse ali ao meu redor o tempo todo, sem falar nada, só me olhando, cuidando de mim e, amigos, não é conversa fiada, eu nunca senti isso na minha vida, não com essa intensidade, por isso só me veio uma coisa à cabeça, D'us está comigo. Foi a primeira vez, de coração, que eu senti que Ele estava comigo e estava me segurando. Você pode não acreditar, tudo bem, mas eu acredito e vou afirmar com toda a certeza do mundo que foi real.
Uma frase que eu li em um livro, quando era criança, sempre fez muito sentido pra mim e eu sempre gostei muito dela, "o sofrimento nos causa dor mas também nos faz crescer". A morte da Ciça foi um dos piores momentos da minha vida, depois disso eu me recuso a pensar no dia em que vou perder meus pais - tomara que Jesus volte antes! Mas então, essa frase faz muito mais sentido agora que eu já estou mais velha e tenho experiencias novas com o passar do tempo. A dor que eu senti da perda da Ci, vem diminuindo gradualmente e espero ansiosamente pelo dia em que ela virá a ser somente saudade, e ao longo da cicatrização eu sinto que vou crescendo mais. Observe, somente pelo fato de eu ter sentido a presença do Pai tão perto, me abriu os olhos para algo que eu nunca tinha sentido de fato com tanta intensidade, amadureci um pouco mais!
Por fim, era isso ou quase isso, que eu queria compartilhar com vocês. Quando o pensamento é muito profundo eu acho que não consigo passar muito bem, contudo, espero que vocês tenham entendido, mas só pra reforçar, nós nunca iremos estar preparados para a morte, nem se tivéssemos 1 século para aceitá-la, afinal, ela é inaceitável, principalmente para os que ficam, no entanto, em todas as coisas nós podemos crescer e até com a dor de uma perda podemos fazer isso. Eu sei que a morte de uma cachorrinha nem se iguala a de um ser humano, mas é o meu exemplo agora, rs. Como eu já disse em outra postagem, vivam como se não tivessem outra chance no dia seguinte.
Para encerrar, e parar tirar esse clima pesado, fica um conforto para nós, como diria Paulo se "viver é Cristo, o morrer é LUCRO."
Jesus está conosco, todo o tempo.


Obrigada e Have Fun!

Um comentário:

  1. Vick, a maturidade vem aos poucos e às vezes de forma dolorosa. Agora, é importante observar, meditar e compartilhar. O que faz com que nossa experiência também ajude outras pessoas.
    Assim será por toda nossa vida, quando estiver com os seus 50 e poucos anos, novas experiências surgirão. Enfim a vida é um aprendizado e D'us estará sempre ao nosso lado para nos ajudar.

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