terça-feira, 12 de abril de 2011

Contos do Reino #12- Provado pelo Fogo

Romanos 8:37-39

Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

PROVADO PELO FOGO

Não muito tempo atrás, duas crianças em Grande Parque saíram com a intenção de fazerem uma conquista: um menino procurava um meio pelo qual pudesse passar por aquilo que mais temia, e uma menina que temia ter perdido Aquele que ela mais amava. E juntos descobriram o Reino dentro deles e fora - que todos descobrem quando têm essa coragem de sair nesta conquista.

A guerra de Fogo foi vencida, mas um sentimento terrível ainda pairava sobre Grande Parque. Seres escuros pareciam esconder-se dentro de cada sombra e por trás de cada árvore e moita prontos para atacar.

"Ai Misericórdia. A culpa é toda minha", chorava Amanda, depois de ter retornado à segurança da Cabana de Cuidador. "Fui eu. Eu desobedeci. Grande Parque tem sofrido por minha causa. Nunca seremos os mesmos. Nunca".

Misericórdia balançava a criança ferida em seus braços e chorou também. Ela ofereceu para a menina a receita sanadora e aplicou uma compressa. Ela orou pela presença do amor do Rei, mas Amanda não recebeu nenhum conforto. Uma ferida fresca se alastrava nas profundezas da sua alma.

Mais tarde aquela noite, Herói se apressou até o Pavilhão dos Atalaias, pois um conselho havia sido anunciado. Cuidador, estava a frente na plataforma, pois não houve tempo para se tornar Atalaia Comandante, mas os olhos do homem idoso brilhavam de ousadia como nos velhos tempos. Nenhum Atalaia duvidava quem era aquele no comando.

"Eu sei que estão cansados", Cuidador gritou, alto o suficiente para que aqueles no fundo do pavilhão pudessem ouvir. "Todos estamos afadigados. Batalha nunca está no coração de um povo de paz. Todos ansiamos a paz. A guerra do Fogo foi vencida. Mas agora... agora é que o nosso trabalho começa. Aqueles que desejam o mal podem atacar de novo o Grande Parque. Foi aberta uma brecha na proteção!

"Não haverá descanso para os protetores. Mais cautela é necessária após desastres. Os Queimadores e Negadores irão agarrar qualquer oportunidade para tirar vantagem. Atenção deve ser dobrada. Nosso cuidado precisará ser três vezes maior".

O homem idoso parou. Herói ficou olhando ao vê-lo abaixar a cabeça. Ele parecia estar cansado, velho e um pouco tolo. Mas o menino o amava com todo o seu coração.

"Devemos tirar tempo para a Cerimônia da Pureza. Se há qualquer tipo de lascívia por batalha no seu coração, qualquer amor por labaredas de chamas, ou qualquer sombra que se alojou em sua alma, terá de ser chamada para fora. Nenhuma vantagem será dada aos inimigos pelos protetores! Nenhuma!".

Cuidador levantou suas mãos calejadas como sinal de convite. "Venha", ele disse, "renove seus votos ao Rei! Não haverá nenhuma Grande Celebração até que o perigo tenha passado".

Herói ficou olhando, ao ver os homens e mulheres curvarem suas cabeças. Silêncio desceu sobre o pavilhão, como uma grande ave que abafa todo barulho com seu peito cheio de penas novas e macias.

O poder do silêncio impressionava. Alguns ficaram de joelhos. Outros de pé, com lágrimas regando suas faces. Herói pensou sobre o Círculo dos Desígnios, onde ele tinha visto um Atalaia incrédulo revelado. O menino deu ouvidos para a sua própria alma. Chamas incendiaram sua mente. Uma ferida velha latejava.

Herói ouviu passos vindo do piso de madeira - e mais e mais e mais.

"Eu sou pelo Rei e pela Restauração", disse um. A voz era baixa.

"Eu sou pelo Rei e pela Restauração", disse o outro. E assim continuou.

O menino, ao ouvir estas palavras, percebeu que ele, também, era pelo Rei. Não havia outro lugar em que ele desejasse estar, nem outra maneira que ele quisesse viver a sua vida. Ele fez um voto profundo: Vou achar a coragem de passar pelas Chamas Sagradas. Me tornarei parte da Grande Celebração. Mas ele não seguiu os outros até a frente do pavilhão.

Por agora, o voto bastava. Pois Herói sabia que um dia ele, também, teria que andar para encontrar o Rei. Até então, o seu desafio não teria fim.

Durante semanas os Atalaias mantiveram sua vigia reforçada. Fecharam as brechas na floresta. O anel de hectares devastado pela Guerra de Fogo foi limpo para aguardar a primavera, quando Cuidador pronunciaria a mágica do verde e do brotar. Protetores caçaram as sombras que ainda eram ameaças, e os homens do Rei certificaram-se de que, em nome do Rei, todo mal e escuridão foram afastados.

Herói foi voluntário para subir às torres de vigia e aliviar aqueles que sofriam de fadiga. Ele trabalhou com equipes cortando árvores queimadas. Não pôde dizer quando nem onde o seu coração ferido se tornou jovem de novo, mas foi o que aconteceu. Depois de um tempo ele se ajuntou aos Atalaias, quando eles começaram a cantar nas suas marchas pela Floresta Profunda. Logo os gritos voltaram a ser dados de meia em meia hora, ao invés das vigias mais recentes, a cada quinze minutos.

"Como vai o mundo?"

"O Mundo não vai bem".

"O Reino vem".

Esses cantos transmitiam segurança. O menino sentiu-se protegido.

Finalmente, Grande Parque retornou ao que era. Homens e mulheres foram de volta aos campos, artesanato e florestas. Mais uma vez havia tempo para ouvir o cantar dos pássaros e notar o zumbir das abelhas e observar o céu tingir-se de rosa, a cada aurora. Planos começaram a ser feitos para a primeira Grande Celebração, desde a Guerra do Fogo. Primavera chegou. Crianças lembraram uma a outra sobre caçadas de ovos de dragão.

Em todo esse tempo, nem Herói ou Amanda viram o Rei. Herói esperava que tivessem visto, pois Amanda continuava adoentada e esmorecida. O que acontecia com ela, ao final das contas? Herói imaginou. Sob o cuidado da Misericórdia, suas queimaduras foram saradas. Milagrosamente, ela nem ficou marcada.

Um dia Herói a encontrou sentada nas escadas da Cabana do Cuidador. De longe ele pôde perceber que ela estava cuspindo, tentando acertar pedrinhas à distância.

"Aha!" ele gritou ao aproximar-se dela. "Praticando sua mira?"

Surpresa, ela ficou em pé. "Me deixe em paz", ela retrucou. "Por que todos vocês não me deixam em paz?" Ela chutou o guaxinim que se tinha acomodado ao sol do lado dela. "E para de olhar para mim. Todos vocês são feios! Não suporto olhar na sua cicatriz. A misericórdia é uma velha acabada. Cuidador é um terror. Eu não quero ver nenhum de vocês!"

Dito isso, ela saiu furiosa e entrou na Cabana do Cuidador. Herói pôde ouvi-la derrubar uma cadeira, atravessar o quarto com passos fortes e por fim bater uma porta com força.

Ele se lembrou da Amanda que ele tinha conhecido, e não gostava nada do que ela se tinha tornado. Talvez lutar contra dragões não fosse o trabalho de uma princesa. Bem, ao final das contas, ela não parecia mais ser uma princesa.

Herói bateu seu pé no chão, e com raiva se virou para ir embora.

"Herói!" Misericórdia chamou. Ela estava trabalhando no jardim e tinha escutado toda a conversa. O rapaz olhou em sua direção. Ela sorriu e se sobressaiu do meio dos arbustos cheios de fragrância. "Você está encucado com o que aconteceu com a Amanda. Ela está tentando carregar a sua própria culpa; este é um fardo muito pesado para qualquer um carregar".

"Ela me chamou de feio", disse Herói, surpreso por ter-se machucado tanto. Na Cidade Encantada ele estava acostumado a ouvir as pessoas o chamarem de Cicatriz. "Eu sou realmente feio, Misericórdia?"

Misericórdia entregou para ele uma pazinha, e os dois se ajoelharam à luz do sol e começaram a afofar a terra rica. "Não", disse a senhora idosa. "Você é um jovem bonito e forte; mas Amanda - bem, Amanda tem amado algo mais do que o Rei. Toda vez que isso acontece, nossa visão fica apagada e passamos a enxergar as coisas sem a visão real. Tudo parece feio - especialmente nós mesmos".

Herói notou o vermelho dos tomates. "O que vai ajudá-la? Ela vai voltar a ser ela mesma?"

Misericórdia colheu um pouco de coentro. "O Rei pode ajudá-la. Quando passamos pelas Chamas Sagradas, sempre nos tornamos o que verdadeiramente somos. Amanda precisa voltar-se para ele na Grande Celebração. A cura por desobediência consiste em voltar a obedecer".

Herói lembrou-se da sua promessa ainda não cumprida. "Ela está com medo das Chamas Sagradas?" ele perguntou.

A senhora velha olhou para ele. Ela deu um sorriso e quase deu uma risada. "Você é quem está com medo das Chamas Sagradas. Amanda está com medo do Rei. Ela teme que ele irá bani-la do Reino por causa da sua infidelidade".

Misericórdia olhou para bem longe, como se estivesse vendo algo à distância. "Todos precisamos passar por aquilo que mais tememos para ganhar aquilo que mais queremos. O que você quer mais do que tudo Herói?"

Herói soube. Ele se lembrou da risada de um jovem, sentiu um manto marrom de um mendigo passar no seu braço. Ele pensou sobre uma forma se movimentando entre os rejeitados, cantando levemente. Ele sentiu as suas duas mãos pegarem firme na serra de lenhador e puxar. Ele viu um homem lindo dançando por trás de um muro de Chamas Sagradas que saltavam e ouviu a música da Grande Celebração. Ele viu um Rei destemido no meio da Guerra de Fogo. Herói queria servir esse homem. Ele queria servi-lo com todo o seu coração e mente e alma.

Misericórdia sussurrou, como se estivesse lendo a sua mente: "Vá a ele. Você irá encontrar-lo na Grande Celebração. Leve Amanda com você. Quando passamos pelas Chamas Sagradas por razão de outro, o medo não é tão intenso".

Mas Amanda não iria aparecer na Grande Celebração. Ela ficava irritada quando alguém perguntava. Se ela estivesse dentro da cabana, batia a porta ao sair. Se ela estivesse fora da cabana, jogava pedras.

Finalmente, Herói apelou para a sua simpatia. "Por favor, Amanda. Eu tenho medo das chamas. Venha comigo. Me ajude".

"Vá com Misericórdia", ela retrucou. "Ou com Cuidador. Há centenas de outros que poderiam fazer entrada com você".

Herói persistiu. "Não, eu quero que você vá comigo. Por você, Amanda. Como que você agüenta ficar tão longe do Rei?"

Com isso a Amanda derreteu-se. Era verdade. Ela ansiava ver o Rei, mesmo que ele a mandasse embora. Ela chorou: "Ai Herói, ele irá me banir. Sempre fui a princesinha dele, mas olhe só para mim, não sou mais uma princesa... Mas, mesmo assim, irei com você".

Então os dois foram: o menino que tinha escapado da escuridão, porque ele amava luz mais do que sabia e a menina que tinha se tornado ordinária, porque ela não reconheceu o quão maravilhoso era ser uma princesa.

Um leve ventinho soprou as folhas na Floresta Profunda aquela noite. As crianças podiam ouvir a música à distância do Círculo Interior. Amanda com uma das mãos pegou forte no braço de Herói e com a outra mão cobriu a sua garganta. "Ai, Herói. E se ele nem falar comigo? E se fizer de conta que ele nem me vê?"

Pela primeira vez, desde que eles se conheceram, era o menino que a mantinha prosseguindo, pegando-a pela mão. Eles chegaram perto da grande abertura na floresta. Atalaias estavam ao redor das Chamas Sagradas em seus mantos azuis. As chamas subiam mais e mais altas...mas algo estava diferente - ninguém estava cantando, ninguém estava dançando.

Amanda soltou um gemido. "Iiii... estão todos esperando por nós."

Era verdade. Todos os súditos do Reino estavam aguardando em círculos pequenos. Conversando um com o outro. E o Rei? O Rei ¾ com as suas mãos cruzadas atrás dele, seu cabelo com reflexos de ouro, seu roupão e manta branca com retoques dourados - andava prá lá e prá cá, lá e cá, dentro do Círculo de Chamas.

Amanda virou para ir-se, mas Herói pegou-a pelo cotovelo. Ele estava determinado que a sua agonia iria terminar. Eles se aproximaram das Chamas Sagradas. Os dois ajoelharam-se diante de um Atalaia. Do fundo do seu ser Herói proferiu o seu voto: "Ao Rei! À Restauração!"

Amanda estava chorando, mas conseguiu repetir as suas palavras: "Ao Rei! À Restauração!"

Herói ficou frente a frente com as chamas. Pôde sentir o calor na sua face, mas ao invés de terror, um gozo surgiu dentro dele. Estava ansioso por se encontrar com o lindo Rei aguardando-o no outro lado. Estava decidido a fazer parte do Reino. Estava absolutamente convicto de que Amanda deveria conhecer de novo o amor do Rei.

Os dois fizeram entrada.

Um momento: um escurecer. Aí, passagem. Um grande brado se ergueu dos outros celebrantes. Ecoou pela noite afora, pela Floresta Profunda, alto o suficiente para que todo Grande Parque ouvisse: Princesa Amanda voltou! O menino Herói a tinha levado pela coisa que ele mais temia.

As duas crianças correram em direção ao Rei, que já estava vindo em direção deles. Misericórdia, linda acima da imaginação, e Atalaia Comandante, vieram correndo. Todos se encontraram...se abraçaram...e chamaram um ao outro pelo nome.

Amanda chorou, ao olhar nos olhos do Rei. "Eu pensei que você nunca mais iria querer me ver".

O Rei limpou as suas lágrimas, mas ela chorava mais ainda. Todas as suas tristezas ela despejou: "Eu desobedeci. Eu menti. Eu amaldiçoei Cuidador no meu coração. Eu amei uma coisa proibida. Trouxe fogo a Grande Parque. Todos têm sofrido por minha causa. Me mande embora. Eu não mereço o teu amor".

O Rei cobriu a criança, molhada de lágrimas, com seus braços. "Não me deixe, Amanda", ele sussurrou. "Todos sentimos tanta saudade!"

Entre soluços, a moça completou: "Eu sei...que nunca poderei...ser uma princesa de novo, mas ainda quero ser o seu súdito e obedecer".

"Olhe, Amanda", disse o Rei, "olhe para o que você se tornou".

Amanda deu um relance para baixo. Ela estava vestida elegantemente. Ergueu as dobras da saia. Havia pérolas na barra, um anel no seu dedo e ela sentiu um leve peso na sua cabeça. Era um pequeno diadema circular.

O Rei pegou-a pelas nãos, a olhou bem nos olhos, se curvou, e disse: "Você sempre será a minha princesa, enquanto eu serei o seu irmão".

Amanda olhou nos olhos do Rei. De uma vez, alívio inundou o seu ser, de modo pleno e maravilhoso. Ela soltou a sua cabeça para trás e deu uma gargalhada! Todos ouviram. Haviam esperado por isso ha meses. Princesa Amanda estava de volta a suas risadas!

Misericórdia acolheu Amanda em seus braços, girou com ela uma vez, e juntas entravam na dança que começava a Grande Celebração. O Rei se achegou até Herói e colocou seu braço ao redor dos ombros do jovem. "Venha", ele disse, "eu tenho um lugar reservado para você do meu lado".

Na mesa do banquete, Herói sentou-se ao lado do Rei. Ele comeu do pão do Padeiro Chefe e parecia que nada tinha sido tão gostoso. Soltou um grande sorriso ao ver os dois cavaleiros engraçados contarem estórias e cantou os cânticos da corte e aplaudiu o Malabarista Aprendiz e soltou gargalhadas, ao vê-lo como parte dessa turma tão boa.

Depois de um tempo, o Rei disse: "Herói, eu tenho um trabalho para você. Queria saber se terá a coragem para executá-lo".

Pela primeira vez em um bom tempo, Herói tocou o lado da sua face com a ponta dos dedos. Ele pôde sentir a marca áspera da cicatriz Ficou surpreso de que ainda estivesse lá, e ainda mais surpreso por que parecia não fazer mais diferença.

O Rei continuou. "Eu preciso de um varão do Rei para morar na Cidade Encantada. Chegou a hora para começar a Restauração do Reino. Eu preciso de alguém com um coração de Herói, alguém que conheça as astúcias do Encantador. Você vem?"

Herói engasgou-se com a migalha de pão que estava mastigando. Ele gaguejou. "Mas eu...mas eu só...".

O Rei deu uma risada. "Eu sei, você acabou de fazer entrada. Mas eu não estarei partindo por um tempo ainda. Tire um tempo para aprender os caminhos do Reino. Goze da Grande Celebração. Aprenda da Misericórdia. Ande com Atalaia Comandante. Quando estiver pronto, o chamarei".

Herói olhou nos olhos do Rei. Voltar para o Encantador e seus Queimadores? Que estranho eu estar disposto a fazer qualquer coisa por esse homem!.. Mas será que havia varões do Rei na Cidade Encantada? Herói lembrou-se do motorista de táxi que tinha dado o grito: "Ao Rei!" tanto tempo atrás. Sim, talvez houvesse.

O Rei conhecia os pensamentos de Herói. "Vai valer a pena todo o perigo, Herói. Eu tenho trabalho para você fazer". Ele ficou em pé e virou-se para sair da mesa.

De repente, Herói teve um pensamento terrível: "Mas, senhor, como vou achá-lo na Cidade Encantada? Você estará com disfarce?"

O Rei riu novamente. Ele se esticou por cima da mesa, e firmemente apertou a mão do celebrante jovem. "Há, é... você nunca foi muito bom em avistar". E com isso ele se curvou e sussurrou. "Não vai ser difícil de me achar. Terei uma cicatriz igual à sua".

Então, a princesa achou o amor do Rei. E o rapaz tornou-se o varão do Rei, e descobriu que aquele que entra no Círculo Íntimo é para sair novamente. Entrada é só o começo da jornada.


Obrigada e Have Fun!


PS.: Caso você queira imprimir os capítulos, por favor, saiba que a impressão do livro tem a autorização dos autores David e Karen Mains, mediante a condição de que NÃO fosse vendido. Portanto, a venda do livro é PROIBIDA. :)


Nenhum comentário:

Postar um comentário